Funbio e RedLAC apresentam portal e metodologia BCID

O projeto BCID (Biodiversity Conservation Investment Database) foi apresentado ontém, quarta-feira, em um evento paralelo do congresso. O foco da apresentação foi explicar a metodologia de priorização de áreas para investimentos em conservação, elaborada pela equipe do projeto sob coordenação do consultor Jorge Adrian Monjeau.

O evento iniciou com uma rápida apresentação da RedLAC, feita pela Camila Monteiro, explicando que o BCID é um projeto da rede, coordenado pelo Funbio. Elaine Teixeira, gerente do projeto BCID no Funbio, apresentou o portal e seus módulos usando uma demonstração animada que simulou a futura cara do portal.

Ela explicou rapidamente que o BCID é composto por uma base de dados central, onde os investimentos serão registrados através de um questionário online, que abrange aspectos gerais do projeto, aspectos financeiros, de objetivos de conservação e de localização geográfica.

Os registros se dividem em doações (montantes altos vindos de doadores primários, tais como GEF, KfW, Fundação Moore, etc) e projetos. Os projetos são os investimentos que realmente chegam a campo, através das instituições executoras. Esta divisão foi a solução encontrada para evitar a contagem duplicada de recursos. Um bom exemplo são os fundos ambientais, intermediários de recursos. Eles recebem um recurso de doação, como o caso do Funbio, que recebeu uma doação de 20 milhões do GEF, e repassam a executores. O BCID deverá relacionar os projetos executados com recursos do Funbio com a doação primária do GEF.

Elaine também passou rapidamente pelos módulos que o sistema oferecerá, de visualização espacial, de cadastro de executores e de doadores com oportunidades de financiamento. Daniela Lerda, coordenadora do projeto, relatou que a equipe percebeu que não alcançaria o objetivo de coordenar os investidores e evidenciar as prioridades de investimento, apenas com a espacialização dos investimentos passados. Foi desta percepção que decidiu-se incorporar uma metodologia para analisar os mapas resultantes dos registros da base de dados, sobrepostos a outros mapas com outros critérios relevantes para a conservação, tais como a presença de espécies, o nível de degradação, o custo da terra, entre outros.

Adrian Monjeau e Daniela foram explicando o passo a passo desta metodologia, que cruza estas diversas camadas georreferenciadas para chegar a um mapa final que evidencie as áreas prioritárias para investimentos. Apesar de bastante complexa, a metodologia foi recebida com entusiasmo pela audiência do evento, que ressaltou a falta que as organizações sentem atualmente de um sistema completo que reúna todas estas informações relevantes para a tomada de decisão sobre onde investir em conservação.

O evento foi finalizado com uma rodada de perguntas. A Secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, chamou a atenção para que o BCID considere os investimentos públicos em conservação, que devem superar os privados e portanto são importantes para a análise. Apesar disso, ela mesma admitiu a dificuldade de encontrar estes dados sistematizados.

 

 
FUENTE: http://www.funbio.org.br/funbio-apresenta-ecofunds-na-cop-10/

 

 


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